Em março do ano
passado, quando a pandemia da Covid-19 chegou ao Brasil, a Igreja, assim como
os demais segmentos da sociedade, precisou se adequar ao novo cenário para
evitar a disseminação do coronavírus. Dentre as medidas adotadas, as celebrações
litúrgicas ficaram acontecendo em formato estritamente remoto e, evidentemente,
procissões e peregrinações ligadas à religiosidade popular foram suspensas. Dentre
estas, a visitação com a imagem da Mãe Rainha foi vetada. A decisão levou em consideração
o fato de que a maioria das missionárias têm idade aproximada ou superior a
sessenta anos e, por isso, pertencem ao grupo de risco para a infecção da
doença. A ameaça seria para elas, como também para as famílias que fossem
receber a imagem, pois a capelinha é um objeto sacro que circula constantemente
sob o contato físico de inúmeras pessoas. Para o momento de crise sanitária na
saúde, não seria adequado manter a peregrinação até a diminuição satisfatória
dos casos de contaminação.
No número das
missionárias da Mãe Rainha espalhadas no mundo inteiro que sofreram intensamente
esta mudança, está dona Maria do Socorro, residente no sítio Mucambo, em
Mauriti-CE. “Senti muita ‘emoção’ de eu não visitar as famílias e ver a Mãe Rainha 'parada'!”. Ela conta que a cada dia, em sua casa, rezava o terço pela família
que seria visitada naquela data. Em suas orações, ela pedia também à Mãe que
livrasse a sua comunidade do coronavírus. Embora a doença tenha se alastrado fortemente
pelo município, a localidade onde dona Maria vive foi uma das poucas que,
segundo a evangelizadora, não registrou nenhum caso de infecção pela enfermidade. “Graças a Deus!”, exclama. Maria do Socorro está nesta missão há
21 anos e, sobre a responsabilidade de levar a Mãe Rainha às famílias, diz que a
missão não é nada cansativa: "cansativo é eu não ir”, brincou.
No início da sua
homilia, Padre Edivan reflete que a visita da Mãe Rainha às famílias leva
consigo a presença de Jesus, que é vida, caminho, verdade e luz, como se canta
no hino da peregrinação. “Quando o Santuário da Mãe Peregrina adentra aos
nossos lares, ele leva Jesus Cristo, que é caminho, verdade e vida. Por isso,
queridos irmãos e irmãs, acolher o Santuário da Mãe Peregrina em nossas casas é
receber Nosso Senhor Jesus Cristo, que traz a paz, a salvação e a vida. Nossa
Senhora, a Mãe Peregrina, pede-nos que os nossos lares estejam sempre abertos
para acolhê-la naqueles dias que já preparamos a nossa casa e a nossa família
e, ali, fazemos as nossas orações”, disse.
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