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Sítio Pombos, em Mauriti, conclui festejos à Santa Teresinha do Menino Jesus



Ontem, dia primeiro de outubro, a Igreja Católica celebrou a memória de Santa Teresinha do Menino Jesus, doutora da Igreja e padroeira das missões católicas. Em Mauriti/CE, foi no Sítio Pombos que a devoção à pequena Flor do Carmelo encontrou abrigo. A existência da capela dedicada a Santa Teresinha é recente; conta apenas onze anos. O carisma comunitário para o anúncio do Evangelho, no entanto, já soma vinte e cinco. A capela veio para concretizar o que a comunidade sempre imitou de sua padroeira: a oração e o amor a Jesus. 

Ao anoitecer de ontem, a comunidade - e circunvizinhança - reuniu-se na capela para encerrar os festejos alusivos à padroeira, que acontecem desde o dia 21. A Missa de encerramento foi presidida pelo padre Ismael Vogas, vigário paroquial da paróquia Nossa Senhora da Conceição. Neste percurso que contou com novenas, celebrações eucarísticas e peregrinações, os fiéis foram norteados pelo tema "batizados e enviados". A inspiração veio do tema que a Igreja escolheu para o mês de outubro [no qual às suas portas os festejos à Santa Teresinha são encerrados], tido como o Mês Extraordinário Missionário. 


Fiéis participando da celebração. Foto: PASCOM

Fiéis participando da celebração. Foto: PASCOM


Homilia

A missão evangelizadora de Santa Teresinha do Menino Jesus que, do Carmelo de Lisieux, viveu em constante oração e vida espiritual, rendeu a Igreja muitos frutos de graça e conversão. Desde pequena, sempre manifestou o forte desejo de ingressar no Carmelo. Concretizando-o, pelo método da pequena via espiritual, alcançou a santidade e, consigo, uma legião de devotos no mundo inteiro. Proclamada padroeira das missões católicas e doutora da Igreja, Teresinha do Menino Jesus é, hoje, a maior santa dos tempos modernos. 


Imagem de Santa Teresinha. Foto: PASCOM


Em seus escritos, Santa Teresinha registra sua compreensão que "o amor era tudo". Padre Ismael, em sua homilia, complementa apresentando a necessidade que temos de nos deixarmos experimentar este amor, assim como Santa Teresinha, para que não possamos cair na aridez espiritual de não expressarmos o amor aos nossos irmãos, principalmente na 'era da virtualidade' que ameaça a experiência do contato físico. Por mais que seja difícil, comenta o padre, é possível, apontando a vida da jovem Teresa que viveu pelo amor e para o amor. 


Momento da homilia. Foto: PASCOM

“Depois da minha morte, farei cair do Céu uma chuva de rosas”.

Pouco antes de sua partida precoce, aos 24 anos, a jovem Teresa prometeu que, em sinal do atendimento de Jesus as promessas de seus fiéis, ela faria cair do céu uma chuva de rosas, promessa esta testemunhada por sua irmã. 

Foi pensando nisso que, para este dia solene, a equipe de ornamentação esmerou em ornar a capela fazendo menção à promessa da jovem carmelita. 



A combinação de rosas, lírios, mini margaridas, áster's, solidaster's, jasmins, samabaias, trigos e bocas de leão, somando um total de cem rosas utilizadas no altar [tendo, porém, um número bem maior de mais flores] conferiu ao ambiente uma ternura singular. 

Harmonizadas aos tecidos beges claros, vermelhos e dourados que revestiam as paredes, e a iluminação amarela, levou os fiéis a uma melhor contemplação da memória celebrada a partir da experiência com o belo.

Altar de Santa Teresinha. Foto: PASCOM

Seguindo o costume de todos os anos, os fiéis também levavam consigo uma rosa natural para ser abençoada ao final da Missa. Padre Ismael concedeu uma bênção especial. Agora o fiel deve entregá-la a uma pessoa que está necessitando de uma graça.

Com o término da celebração, os fiéis puderam venerar a relíquia de primeiro grau - uma parte do corpo -  de Santa Teresinha.

Relíquia de primeiro grau de Santa Teresinha do Menino Jesus. Foto: PASCOM

Fiéis venerando a relíquia. Foto: PASCOM

Por Pastoral de Comunicação - PASCOM


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