Por Pastoral da Comunicação - PASCOM
No Domingo de Ramos do ano passado, em cinco de abril, há quase um ano, a comunidade ouviu com pesar da boca do salmista o ecoar da resposta ao salmo 21: "meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?". Dolorosa foi aquela celebração que acontecia exatamente como a de hoje (28), sem a participação presencial dos fiéis, "os filhos dos hebreus", que não puderam estar fisicamente nesta manhã na Matriz de Nossa Senhora da Conceição, em Mauriti (CE), por obediência às normas vigentes na Igreja e no Estado para conter a disseminação do coronavírus.
O padre José Claudiano (vigário paroquial), que presidiu a Eucaristia, reforçou, em sua homilia, que este salmo volta e se faz ecoar novamente em muitos corações dilacerados pela dor, pelo luto e pelo sofrimento "como um grito desesperador, como se a esperança estivesse escapando ao nosso alcance como a água escapa por entre nossos dedos em um rio", referindo-se as adversidades do tempo presente.
De acordo com o sacerdote, esse mesmo grito sai da boca do
Cristo Humanado, nosso salvador, quando suspenso no madeiro da Cruz: "Eloi, Eloi, lamá sabactani? Era a
humanidade de Cristo e o sentimento dos discípulos que pronunciavam tais
palavras", disse. A reflexão do padre, contudo, convergiu para a
compreensão que Deus não nos abandona e jamais irá fazê-lo. "Deus está conosco e permanecerá
conosco até o fim, pois assim está escrito no livro de Josué: 'assim como
estive com Moisés, estarei contigo; jamais te abandonarei, nem te desampararei'
e ainda: 'não temas e não te apavores, o Senhor teu Deus está contigo por onde
quer que andes'".
A celebração de hoje introduz os fiéis no mistério da Paixão,
Morte e Ressurreição do Senhor, a acontecer nos próximos dias, por isso
chama-se Semana Santa. “Hoje somos
convidados a imitar os filhos dos hebreus que recepcionavam a Jesus, mas, no
lugar do manto e dos ramos de palmeiras ou de oliveiras, de onde estiverem
agora, prostrem-se a seus pés, com humildade e retidão, para receber o Verbo de
Deus que se aproxima. No lugar dos mantos e ramos sem vida, prostremo-nos aos
pés de Cristo e aclamemos todos juntos: “Bendito o que vem em nome do Senhor”, concluiu.
A Missa foi concelebrada pelo pároco, Padre Edivan Guedes, e pelo Padre Àrysson Magalhães, também vigário paroquial. De modo presencial, participaram presencialmente apenas as equipes de Liturgia e comunicação.
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