Os tradicionais exercícios de devoção católica que, atualmente, ainda são rezados com muito afinco, principalmente, pelas famílias do interior, sempre foram muito presentes na vida comunitária dos moradores do sítio Pombos, em Mauriti. Práticas como a peregrinação com a imagem de Nossa Senhora, em Maio, o Natal em Famílias, em dezembro, e a renovação ao Sagrado Coração de Jesus, entre outras, existem na comunidade há cerca de 24 anos. Para consolidar essa experiência comunitária de oração e vivência fraterna, os moradores reuniram-se, em 2008, para edificarem uma pequena capela com o objetivo de terem um espaço físico onde pudessem render preces e agradecimentos ao bom Deus.
Sob direção do padre Antônio Luís do Nascimento, administrador paroquial da época, escolheram por padroeira Santa Teresinha do Menino Jesus. Desde então, a devoção à padroeira das missões católicas foi crescendo entre as famílias da comunidade, haja vista a mesma ter, desde o início, um carisma missionário para o anúncio do evangelho.
"Jesus tocou o coração do padre e sabia que precisávamos ter, como padroeira, Santa Teresinha do Menino Jesus. Aos poucos, fomos unindo forças e juntando recursos para concluírmos a obra começada", relatou dona Valdiana Leite, uma das primeiras pessoas que impulsionaram o bom êxito da capela desde a fundação e continuam até hoje.
Capela de Santa Teresinha. Foto: PASCOM |
Capela de Santa Teresinha. Foto: PASCOM |
Moradores participando da celebração. Foto: PASCOM |
Padre Fernandes inicia a homilia falando sobre a inquietação que passou no coração de Santa Teresinha acerca do lugar que ela ocuparia dentro da Igreja. No coração dos discípulos, segundo o anúncio de evangelho, também há uma inquietação. Contudo, entre ambas, uma diferença: "a inquietação que perpassou o coração de Santa Teresinha era de ser revelado o lugar que ela serviria na Igreja. A inquietação de Santa Teresinha é diferente da dos discípulos, pois, a deles, era saber qual era, entre eles, o maior", explica. "Santa Teresinha não estava preocupada se ocuparia um lugar bom; de destaque, mas o que queria era apenas servir, até que descobre a oração e a vivência da palavra de Deus na simplicidade", continuou.
O padre ainda explica que Santa Teresinha comparava-se a uma bola nas mãos do Menino Jesus. Ou seja, abandonava-se nas mãos dele para que a colocasse no lugar que achasse necessário: "ela não busca as vontades próprias, mas a de Jesus. Ela traz esse traço de santidade que nos mostra que devemos nos colocar nas mãos de Deus e fazer sua vontade", disse.
Homilia. Foto: PASCOM |
Referindo-se à primeira leitura [Jo 1, 6-22], Jó e Santa Teresinha nos ensinam que o mais importante é a presença de Deus: "diante de todos as percas que Jó teve, rasga todas as suas vestes, em sinal de despojamento e faz a bonita oração 'do ventre de minha mãe eu vim nu e para ele vou voltar, o Senhor deu, o Senhor tira, bendito seja o nome do Senhor'', justificou.
Imagem de Santa Teresinha. Foto: PASCOM |
A comemoração dos 10 anos em meio ao Ano Nacional do Laicato foi a inspiração para o tema da festa deste ano: "com Maria, filha predileta do Pai, celebramos Santa Teresinha, no Ano do Laicato".
Após a comunhão, padre Fernandes ministrou a Bênção das Rosas, tradição na festa de Santa Teresinha, que conta que as mesmas, após a bênção, devem ser entregues a uma pessoa que está necessitando de uma graça.
Bênção das Rosas. Foto: PASCOM |
Bênção das Rosas. Foto: PASCOM |
Dada a bênção final, todos os fiéis puderam venerar a relíquia de Santa Teresinha do Menino Jesus, doada por Carlos Gabriel Pereira Monteiro, da comunidade, para a capela e entronizada há quatro anos.
Veneração da relíquia de Santa Teresinha. Foto: PASCOM |
Veneração da relíquia de Santa Teresinha. Foto: PASCOM |
Por Pastoral de Comunicação - PASCOM
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