Por Maria Isadora Leite Lima
Minha experiência com o mês de Maria é formada a partir de uma vivência espiritual muito forte, que não fala somente de mim, mas de muitas pessoas que através dos seus exemplos me conduziram e conduzem a esta belíssima devoção a Nossa Senhora.
Cresci em um ambiente marcado por um calendário em que as novenas, trezenas, Renovações ao Sagrado Coração de Jesus, Natal em família, Via Sacra, e de modo especial o mês de Maio, mobilizam as vivências durante todo o ano em minha comunidade, hoje, Comunidade de Santa Teresinha do Menino Jesus – Sítio Pombos.
Por isso, refletir sobre minha experiência com o Mês de Maio é tocar em um espaço sensível e importante de minha memória, pois constitui minha identidade, meu ser e estar no mundo, e como respondo a ele.
Significa ainda, perceber que através de tantas pessoas, e de modo especial, gostaria de destacar duas, que são referências em minha formação: minha mãe, Valdiana Leite, e Dona Naíde Barbosa, que me ensinaram que ser de Maria é viver o Mês de Maio de encontro ao outro, é ser serviço na vida dos irmãos.
É nesse espírito de serviço que cada cântico é entoado, e em cada mistério do terço meditado recorremos à bendita proteção de Maria, em longas e animadas caminhadas ao fim da tarde, convidando de casa em casa mais e mais pessoas a participarem conosco com alegria e esperança desta jornada; marcada pelo zelo e amor das famílias, que organizam seus altares com flores e a melhor toalha rendada, com fogos e velas, e é claro, o mais disputado, quem da casa terá a honra de coroar Nossa Senhora.
Ao fim da caminhada o grande dia: a Coroação - que inicialmente era realizada na pequena escola da comunidade, e que hoje acontece após a Santa Celebração Eucarística na Capela - momento em que mais uma vez não falta amor, fervor e piedade em cada flor ofertada, em cada prece, em cada anjo trajado, em cada som entoado, são os louvores mil, a abóbada estrelada, e os astros a brilhar no céu.
O mês de Maio me ensina, portanto, a valorizar o que é mais importante: a vida, não só a nossa, mas a do próximo. A vida que é dom, e deve responder ao chamado daquele que é verdadeiramente a nossa salvação, Cristo. Tendo Maria como nosso intermédio e Perpétuo Socorro.
Por isto, estas lembranças que todos os anos são revisitadas e atualizadas através de uma profunda reflexão e meditação, me trazem a esperança e certeza de que no próximo ano possamos fazer este mesmo percurso, carregando nos braços em seu andor caprichosamente adornado Nossa Senhora, de encontro ao próximo, a fim de que esta belíssima tradição Mariana continue sendo o âmago da identidade de nossa comunidade, como tem sido há 25 anos. Pois em Maria somos conduzidos por Amor a Cristo, é Ela que transforma as trevas em luz, que nos acolhe nos momentos mais difíceis, basta recorrermos a sua maternal proteção. Por isso não nos cansemos de repetir em todas as situações e momentos de nossa vida: “Vinde em meu Socorro, ó Mãe Carinhosa”.
Pastoral da Comunicação - PASCOM
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