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Paróquia de Mauriti celebra 75 anos e ganha exposição



Até o próximo dia oito de dezembro, a Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Mauriti, celebra dupla festa: a da padroeira e 75 anos de criação canônica. As comemorações alusivas foram iniciadas, oficialmente, na noite desta quarta-feira (28), com a presença do bispo diocesano, Dom Gilberto Pastana; do pároco, Padre Fernandes José dos Santos Júnior, e do vigário paroquial, Padre Ismael Vogas.

Para marcar o início das festividades, sobretudo a do Jubileu de Diamante, a Pastoral da Comunicação (Pascom) abriu a exposição “Mauriti, uma história de amor por ti”. Como o próprio nome sugere, a ideia é mostrar objetos litúrgicos e fotografias que tiveram influência sobre a história da paróquia, como destaca o coordenador, Fabrício Furtado:

– É um gesto concreto para o encerramento desse jubileu. A data jubilar é diferente das outras. É grandiosa e merece uma atenção especial.



Foi, então, pensando nessa data cronológica, que a equipe, composta por cinco jovens, partiu em busca dos objetos e de cataloga-los segundo a época. São cálices, casulas e réplicas das capelas que compõem a paróquia.


O bispo, Dom Gilberto Pastana, foi o primeiro a conferir os detalhes da exposição. Ele elogiou o trabalho e, sobretudo, o espaço preparado com esmero e dedicação.


Padre Fernandes, que acompanhou o pastor diocesano ao lado do Padre Ismael, considera importante conservar o passado, para que se tenha ideia de como ele ajudou a constituir o tempo presente, merecendo ser revelado em uma exposição.


– Nós vivemos o hoje, mas nós temos um passado. E este não pode ficar escondido, enterrado ou ser jogado fora. Deve ser valorizado, porque é a nossa raiz, a nossa sustentação.


A exposição “Mauriti, uma história de amor por ti” está aberta à visitação no Centro de Pastoral Padre Argemiro, localizado ao lado da Casa Paroquial, até o dia cinco de dezembro, das 17h30 às 18h30, com intervalo para a novena e missa. Depois, é reaberta.



O estudante Mateus Lacerda aprovou e recomenda que outros jovens também possam apreciar o trabalho:






– Ela [a exposição] traz à memória todos os anos que a paróquia já vivenciou até aqui, para que essas lembranças se perpetuem na devoção à Virgem Imaculada.






A Paroquiana e Ministra da Eucaristia, Maria do Desterro Querino, conta que os objetos expostos a fizeram reviver momentos caros ao coração.






– São momentos, festas que eu vivi na paróquia, sacerdotes que eu convivi, outros que eu não conheci. Por exemplo, eu não conhecia o Padre Maranhão, mas conheço a rua que leva o nome dele. Então, isso também me trouxe lembranças daquilo que também faz parte da história.






Setenta e cinco anos de evangelização

Na noite desta quarta (28), além da abertura da exposição “Mauriti, uma história de amor por ti”, também tiveram início os festejos alusivos à padroeira, Nossa Senhora da Conceição. Uma carreata trouxe a imagem até o patamar da Igreja Matriz, onde aconteceu grande salva de fogos e hasteamento da bandeira. De lá, os paroquianos, muitos provenientes das diversas partes do município, reuniram-se para a Santa Missa, presidida pelo bispo, Dom Gilberto Pastana. Na homilia, recordou duas atividades, segundo ele, muito importantes vivenciadas na paróquia: grupos que se reúnem para meditar a Palavra de Deus e a formação de Ministros da Palavra.





Para saber mais:



Em 6 de dezembro de 1943, a Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Mauriti, foi criada em meio ao poderoso patrocínio da Virgem Imaculada.


Era meados do século XIX, quando o Capitão Dantas, tendo sido acometido de cólera, fez um voto à Imaculada Conceição em favor de sua cura. Ouvidas as suas preces e da esposa, curou-se do mal que lhe afligia, e, em honra ao voto, doou, em 6 de setembro de 1870, o chão para construção da capela que dava origem a toda a história que inicia-se como povoado Buriti Grande, tornando-o o fundador de Mauriti.


Em 27 de Maio de 1875, a capela foi inaugurada. Em 8 de dezembro do mesmo ano, foi celebrada a primeira missa pelo Padre Mota, na grande festa da padroeira, cuja imagem capitão Miguel Dantas trouxe de Fortaleza.


Por: Patrícia Mirelly/Assessoria de Comunicação com colaboração da Pastoral da Comunicação de Mauriti

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