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Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor: tempo de rezarmos e não de perdermos a esperança


Hoje, 05 de abril, a Igreja celebra a entrada de Nosso Senhor Jesus Cristo em Jerusalém, onde todo povo O aguardava com ramos de oliveira, saudando-O com "Hosana ao filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas maiores alturas!". Também, este Domingo, é o marco inicial da Semana Santa e marcos finais da Quaresma. Dessa forma, também é nominado como Domingo da Paixão.

Em sintonia com a Liturgia, a Igreja matriz de Mauriti, em seus altares e portas, vestiu-se de ramos de palmeiras, fazendo memória a esse acontecimento narrado nas Sagradas Escrituras. As imagens sacras e cruzes, cobertas pelo véu na cor roxa, levam-nos a refletir de forma mais intensa os próximos dias: o sofrimento de Nosso Senhor e sua Paixão, unindo-nos a Ele.


Este ano, a celebração teve um diferencial: não aconteceu a tradicional Procissão de Ramos. A Santa Missa, na Matriz Paroquial, à portas fechadas, não contou com a presença física dos fiéis, porém, estiveram unidos aos sacerdotes, diáconos e servos da liturgia, acompanhando a celebração de suas casas, transmitida pelas redes sociais da paróquia. Estas são recomendações das autoridades políticas, eclesiásticas e profissionais da saúde no combate à pandemia da COVID-19 e deverão ser seguidas durante as demais celebrações da Semana Santa.

Em sua homilia, retomando a primeira leitura  (Is 50,4-7), Padre Edivan Guedes fala sobre a figura do servo sofredor, que serve de inspiração para cada um de nós, em nossa caminhada: aquele que se doa para a salvação de todos. 


No Evangelho, mencionando a traição de Judas a Jesus, o padre questiona as vezes que também traímos a Deus por meio de nossos irmãos quando deixamos de ser solidários com eles e não vivemos o amor como deveria ser vivido. De acordo com o padre, os mais pobres, os sofredores, os idosos também são "crucificados" com as nossas atitudes. 

Adentrando mais à reflexão do Evangelho, quando Jesus, na Cruz, pergunta, "meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?" [Mt 27, 46], procurando saber o porquê que aquele acontecimento havia se dado, o padre afirma que é uma motivação para entendermos este tempo que estamos vivendo - porque tudo isso acontece - e mergulharmos com ainda mais intensidade no Mistério Pascal de Cristo. "É tempo de rezarmos e não perdermos a esperança, porque Deus está sempre conosco. É este o tempo de viver a nossa fé, dar razões para ela. Busquemos contemplar a Cruz de Cristo!", concluiu.



Esta foi a única celebração deste domingo de Ramos, dando abertura à programação da Semana Santa na comunidade paroquial. A Pastoral de Comunicação estará divulgando as informações das próximas celebrações e como, na Igreja Doméstica, os fiéis podem participar.


Para ter acesso à programação e orientações de como participar da Semana Santa em casa, basta acessar o link abaixo e fazer download do arquivo em PDF:


Aconselha-se que cada fiel baixe o documento em seu celular para eventuais consultas sempre que necessário. 


Pastoral da Comunicação - PASCOM

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