Faltavam seis dias para a Páscoa. Enquanto estavam a jantar, Maria tomou um vaso de nardo, autêntico e caro, ungiu Jesus nos pés e enxugou-os com seus cabelos. E a casa encheu-se da fragrância do perfume.
Várias vezes Jesus vai a casa dos amigos. O Refúgio de Betânia (casa da amizade) mostra-se como um lugar de abundância daquilo que verdadeiramente é riqueza: o amor.
Em Betânia, o próprio Deus se rende a amizade. O ambiente familiar lhe agrada e mostra-nos a importância das pequenas coisas; dos pequenos momentos.
Narra-nos os evangelistas que Marta procurava acolhe-o da melhor forma possível, preparando a melhor comida e as melhores coisas, mas acaba por desfrutar pouco da presença do Messias. Já Maria, esta "escolheu a melhor parte", que foi a de desfrutar da forma mais próxima possível da presença do mestre.
Maria entende a preciosidade daquele momento e não deseja desperdiçar um segundo. Ela vai e traz um pequeno vaso de alabastro, cheio de um caro perfume, e deita-o aos pés de Jesus, unge-os com suas mãos e os enxuga com seus cabelos. Judas, movido não pela preocupação com os pobres, mas sim com a autoridade que representava, repreende-a, mas Jesus sai em sua defesa, pois entendeu o pormenor afetuoso e o seu significado mais profundo como anúncio de sua própria morte, sepultura e ressurreição.
O aroma que enche a casa já adianta a fragrância do amanhecer do domingo da Páscoa!
Assim como Marta, nós necessitamos aprender a desfrutar mais da verdadeira riqueza que é o amor de Deus, nos atendo menos aos detalhes que nos levam a uma vida supérflua e, muitas vezes, mesquinha. Dar o melhor de si não consiste em fazer atos grandiosos, mas sim em se doar nas pequenas coisas, nos pequenos momentos, sem esperar grandes recompensas.
"Senhor, que a minha casa seja para Ti como o refúgio de Betânia!"
Por Gabriel Monteiro/PASCOM
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