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MÊS DE MAIO: Maria, a companheira de todas as horas


Por Josefa Cleide Braz da Silva

Quando criança, eu morava em um sítio muito pequeno, porém de grande amor. Éramos em 10 irmãos, uma família muito humilde. Lá não tinha energia, nem água encanada, nem capela. Quando construíram a capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, eu fui anjo várias vezes. Na época era uma disputa pra quem ia ficar com o papel de coroar, até que um dia eu consegui esse papel. Foi aí que descobri a dimensão do amor de Maria pela humanidade. Depois disso, sempre ali seguindo Maria. 

Aos 17 anos, me casei, tive minha primeira filha. Eu frequentava a Igreja, mas não com tanta intensidade, era às vezes. Passava de ano sem ir porque encontrava resistência no esposo e gerava conflitos entre ele e eu, aí  me afastei. Sete anos depois veio meu segundo filho, e aí junto veio uma depressão pós-parto, cruel, onde sofri 5 anos, mas foi durante esse período da minha vida que eu realmente descobri o amor de Deus e de Maria e o poder que tinha sobre mim. Lutei contra as forças negativas, mas nunca desanimei, me apeguei a Nossa Senhora de uma forma tão grande que eu chegava a sentir sua presença perto de mim. 



Diante dessas força negativas, foi na capela que encontrei forças. Participava das liturgias, eu dava um jeito de estar em tudo. Mesmo com a resistência do meu esposo não me preocupei mais e segui. Comecei a servir ao próximo. Sempre que precisava eu estava ali, pronta pra ajudar. Deixei meus problemas de lado, foquei na dor do próximo e Nossa Senhora era minha companheira toda hora. Durante esse período de depressão eu fiz 5 cirurgias. Muitos não acreditavam que fosse sobreviver. 

Em janeiro de 2010 eu me libertei da depressão e nunca mais senti, mas não abandonei minha fé, devo a minha vida a Deus e a Nossa Senhora. Quando as pessoas me agradecem por algo que faço, dizem "Deus e nossa senhora lhe paguem". Eu respondo: "já me deram tudo que preciso: a vida pela segunda vez, porque eu nasci novamente". 



Hoje eu não encontro dificuldade em nada que eu faço, estudei sem condições financeiras, sofri, porém resisti. Hoje eu sou membro do CPC, Ministra da Palavra, Missionária da Mãe Rainha, Técnica em Enfermagem, trabalho na linha de frente do Covid-19 e cuido do filho muito amado por Deus (Álvaro) e acredito fielmente em Nossa Senhora, que essa batalha já venci, porque Maria está sempre na frente e não me abandona jamais.


Pastoral da Comunicação - PASCOM

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