Por Maria do Socorro Cruz
Toda minha história de fé se inicia pelos planos de Deus em minha vida. Tenho muito o que falar de Maria e como ela foi essencial para que eu pudesse estar hoje contando minha história.
Fui abandonada com seis meses de idade por minha mãe, fui criada por minha tia. Quando minha tia me recebeu em seus braços não sabia o que fazer, mas me acolheu e foi a Igreja e diante da imagem da Imaculada Conceição me consagrou. A partir desse dia ela começou a ser minha mãe. Tive uma infância sofrida, mas eu senti que a Imaculada estava sempre ao meu lado. Eu cresci "dentro da Igreja", participei desde cedo de tudo; primeira comunhão, crisma, consagração, participava das Missas, fazia meu ato de confissão, acompanhava as procissões do mês de Maio, fiz parte da Legião de Maria, Irmandade do Santíssimo, Ordem Franciscana... Tudo me fazia sentir completa e cheia de Deus.
Me casei com vinte e dois anos e vivi trinta e três anos de casamento. Como sempre, toda mulher sonha em ser mãe, mas que pra mim parecia ser um sonho impossível, mas que pra Deus não era/é, e ele tinha um plano pra minha minha vida, e foi por Maria que isso aconteceu.
Com quinze anos de casada, tive uma revelação com Nossa Senhora de Fátima no mês de abril de 1996. Através de um sonho ela me pediu: "Socorro, crie um menino homem para quando ele crescer andar mais o pai. Quando o seu marido e pai dele for embora ele ser a sua companhia". Em Julho tive uma segunda revelação, também através de um sonho onde ela dizia assim: "Ainda não criou o menino? Crie um menino!". Assim ela me pedia. Dias depois eu contei o sonho a minha tia de criação e ela me pediu que eu fosse a Igreja e que eu rezasse um terço em intenção para maior clareza se realmente era isso que ela queria pra mim e que, se fosse a vontade dela, que ela mandasse pra minha casa. Também conversei e contei a história ao Pe. João Bosco de Lima e ele me disse: "Se você souber criar vai ter sucesso e esse sucesso eu quero ver em você."
No dia 8 de Agosto de 1996, eu comecei a ter a certeza de tudo. Maria mandou duas mulheres a minha casa e uma delas estava grávida, veio pedir para que meu marido e eu criássemos um menino homem, pois iria nascer em setembro e que não teria condições para criar o menino. Quando ela veio nos pedir para adotar, lembrei das revelações que tive e do pedido que eu havia feito quando rezei o terço, de que ela mandasse para minha casa. Aceitamos e esperamos até o dia 16 de Setembro, quando eu recebi o meu melhor presente da minha vida.
Criamos, educamos e desde pequeno já fazíamos que participasse das coisas da Igreja, assim como as procissões do mês de Maio, e notamos que isso se tornou a maior paixão dele, como até é. Toda sua história e acontecimentos mais importantes aconteceram dentro da Igreja; como seus primeiros passos, Batizado, Consagração, etc. Desde os seus seis anos de idade ele amava acompanhar as procissões do mês de Maio e, sempre que ia a Igreja, dizia que Nossa Senhora de Fátima sorria sempre pra ele e, desde então, se tornou o seu maior amor.
Quando meu filho completou oito anos e eu percebi esse amor por Maria vindo da parte dele, resolvemos contar toda sua história. Eu contei aos poucos para que ele entendesse.
Hoje sou separada, moramos apenas nós dois e seguimos vivendo, ele sendo a minha companhia e eu a dele, como já dizia a minha primeira revelação. Já passei por muito sofrimento e aprovações, mas tenho em mim a maior confirmação de todas:
"Assim como Deus presentou Maria com um filho ele me presentou também. Maria foi a melhor coisa que aconteceu em minha vida."
Pastoral da Comunicação - PASCOM
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